João 16:7-8
Nos dias atuais, é muito comum ouvirmos a expressão "só pela graça", nos círculos sociais da igreja. Apesar de utilizada até mesmo em circunstâncias cômicas, essa é uma verdade bíblica que reflete o período de atuação plena do Espírito Santo, em que vivemos, e no qual a graça de Deus está presente no nosso meio. É sabido, por exemplo, que o nosso tempo denomina-se Época da Graça.
O Espírito Santo é uma promessa do próprio Jesus (de que, quando partisse nos deixaria o Consolador) e expressão do seu desejo de que tenhamos intimidade com o Pai. O batismo no Espírito é uma experiência física e espiritual, que nos reveste de autoridade não apenas para exercermos os nossos ministérios, mas, muito mais que isso, para guiar-nos totalmente ao caminho do Pai. Sem ele a nossa fé é impotente....
A graça de Deus, por sua vez, visto que favor imerecido, somente pode ser manifesta pela atuação do Espírito. Por conseguinte, quanto mais nos aprofundamos no conhecimento e relacionamento com ele, tanto mais recebemos da graça de Deus; e, por essa razão, também, falar sobre o Espírito Santo é falar sobre a própria graça.
No versículo 8 do capítulo 16 do livro de João, Jesus afirma que quando o Espírito Santo fosse enviado, convencer-nos-ia do pecado, da justiça e do juízo. O Espírito nos vivifica (2 Co 3:6) e faz com que sintamos prazer em nos santificar; e o Espírito é também o nosso justificador (Rm 3: 22-25), aquele que nos faz passar do pecado à graça.
A Palavra de Deus relata o episódio em que Pedro é avisado de que negaria Jesus (Mt 26: 31-35), a dor que sentiu ao fazê-lo (Mt 26: 69-25) e o tratamento posterior por que passou (Jo 21: 4-7), todos exemplos da atuação do Espírito Santo e que podem ocorrer igualmente na nossa vida. O Espírito Santo não apenas nos avisa do pecado, como promove os meios de nos arrependermos (mesmo que por meio da dor) e restaurar-nos ao relacionamento com o Pai. Por isso, a importância (e necessidade) de ouvirmos a sua voz.
Numa época em que tantas vezes nos sentimos abatidas e desvalorizadas, ou, contrariamente, vivendo uma falsa humildade, ou, ainda, procurando resolver as coisas à nossa maneira, é vital fazermos do Senhor a nossa justiça. E se permitirmos a ação de Deus, seremos honradas, certamente. Uma vez que o mundo é cruel e iníquo, não podemos (nem devemos) esperar nada das pessoas, mas confiar apenas no Senhor. Quando ele nos prova é justamente para aprendermos a nos tornar dependentes.
Além disso, não vai adiantar tentarmos acelerar o processo de Deus nas nossas vidas. Temos de esperar, reconhecer a nossa limitação e aprender com o Espírito, pedindo-lhe o direcionamento em todas as ocasiões. Devemos ter em mente que, ao orarmos, o Espírito "luta" por nós. Assim, somos nós orando e o Espírito, lutando.
E à medida que atingimos a maturidade que o próprio Deus deseja para nós, o que tem sido dificuldade converter-se-á em autoridade, a fim de que possamos ajudar outras pessoas. Afinal, o Senhor nos garante: "A minha graça lhe basta".
Deus a abençoe,
Pra. Denise
